
“A minha mãe seduziu um homem com tanto sucesso que ele alterou a história constitucional deste país. Conseguiu evitar ir para a cama com o meu pai durante quatro anos. Quando, finalmente, baixou as cuecas, perdeu tudo. A cabeça incluída.”
Isabel I foi a única mulher solteira que alguma vez governou a Inglaterra. E reinou durante quarenta e quatro anos. O poder é um jogo e ela percebeu isso melhor do que ninguém.
Estreada no Teatro Sam Whanamaker no Shakespeare’s Globe, em Londres, em 2019, esta peça reflecte sobre os modos e meios que as mulheres no poder são obrigadas a usar para resistirem à pressão masculina e conseguirem sobreviver num mundo que é fundamentalmente hostil com elas e os seus corpos.
Mais do que pretender ser uma peça histórica, Despe-te [Isabel] lança um olhar eloquente e intelectualmente ágil a temas contemporâneos sob um prisma histórico.
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Tradução e encenação: Pedro Galiza
Música* e desenho de som: Ricardo Pinto
*(a partir da Chaconne em Ré Menor, P. 41 de Johann Pachelbel)
Desenho de luz: Rui Monteiro
Figurinos: Bernardo Monteiro
Espaço cénico: Pedro Galiza
Vídeo: João Pedro Fonseca
Assistente de encenação: Inês Simões Pereira
Assistência ao desenho de luz: Tiago Silva
Assistência à produção: Sara Pacheco e Mariana Vilaça
Interpretação: Emília Silvestre, Ana Pinheiro, Filomena Gigante e Margarida Carvalho
Fotografia: João Fitas
Produção: Ensemble — Sociedade de Actores
Co-produção: Casa das Artes de Famalicão
Junho, 2021 · Casa das Artes de Famalicão
@ 2021